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Artes integradas de Ana Maria Oliveira - Poesia e Artes Plásticas

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Foto alterada - Ana Maria Oliveira Ecos de um pensar maior As gotas de água ampliam a perspetiva cinzenta das árvores nuas Pela lente do sonho pardacento por entre o cruzamento De pinceladas alvoraçadas sobre o informe volátil Dos elos quebráveis no despertar das projeções cruas Os falantes não se dão conta da realidade subjetiva Estendida em palpação nos veludos dourados de um sol invasor Lançando dardos e fluídos espevitando o verbo Peneira diluída na força da expressão da vida A refração hipnotiza as condutas de oxigénio Onde florescem catos sobre o prisma da perfeição das molduras Qual afago ajustado na delicadeza do toque em transe E no renascer da cópia enlaçando o raspar das esquinas Trocando infinitas faculdades em truques mágicos Denunciadores de danças ancestrais conturbando rituais de animação Teatro de tragédias abissais onde a ação se expande Em fria argamassa de paraísos e infernos Gerados no sopro eterno dos mistérios A

Textos Poéticos Visuais - por Lionizia Goyá

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Seria mais uma matéria, sobre textos poéticos ou artes visuais, não fosse a obra de  Lionizia Goyá essa beleza forte, impactante que nos mobiliza. Nessa série, ela retrata mulheres negras, todas escritoras e que de alguma forma a tocaram. Pra que ela as retratasse com o seu jeito peculiar, além de óleo sobre tela, a artista utiliza o que se chama, "assemblage de memória", ( objetos: bijuterias, fuxicos de retalhos, retalhos de rendas, roupas usadas). Segundo ela, "É um reciclar - o lixo que vira luxo." Mas há muito mais que óleo sobre tela e objetos reciclados na obra de Lionizia; há o seu olhar que conta além.  Lia Sena Autorretrato Lionizia Goyá Série Feminina: Simplesmente Maria / Lionizia Goyá Conceição Evaristo Carolina Maria de Jesus Joelma Rocha Sônia Elizabeth Paulina Chiziane Lionizia Goyá Artista Plástica e Escritora. Natural de Caçu-GO. Membro: REBRA (Rede de Escritoras

Cinco poemas de Fany Aktinol - Cinco telas de Luciane Valença

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NA PRIMAVERA Na primavera  sou a flor que nasce, floresce e  preenche com sol - com seus raios  rasos e amarelos - cada fragmento da existência, tornando este o sentido da vida. Num ponto distante, indevassável, me planto, finco raízes para sorver  o alimento da alma, ouvir a música, o vento, a terra que crepita durante gerações e subsistir indefinidamente, me recriar perpetuamente como herança  de uma química milenar. IMINÊNCIA Vivi a beleza na altura, No imponente cume Transcendi a vida na planície. A água da fonte que desaparecia Aplacou um dos pontos cardeais  Da minha sede ancestral. O arbusto que floresceu Sobre a rocha escarpada Deu-me a sombra reconfortante. O céu baixo, O fulgor do astro rei  Que se despedia  Me envolveu no manto  da religiosidade E me trouxe a elegia  Que fez eterno  O instante fugaz. O reflexo no espelho Trouxe aquela fonte de águas cristalinas Qu