Artes integradas de Tere Tavares - Um Conto e uma tela
Tere Tavares - Observadores (técnica mista) Quotidiano por Tere Tavares Via o vulto límpido da realidade se abrir lentamente. A morte é apenas uma linha que se precisa atravessar; o silêncio depois que a respiração cessa. Nada se pronunciava que não viesse eternizar o que havia em si de venerável. Manteve-se curioso. Não perdeu a capacidade de encontrar motivos. Nenhum romantismo o visitava desde a última decepção. Imaginou ter encontrado na reclusão uma forma de relacionar-se melhor com os intervalos entre razão e emoção. Estudava uma forma de jogar com ambas, no momento certo. Cria ser esse o ponto de equilíbrio mesmo que ausente da precisão imaginada mais propícia. [O jovem caminha mais rápido pela estrada, mas o ancião conhece os detalhes do percurso]. Ele se chamava Hully. Perdia-se nas inglórias que se instilavam na sua pele e lhe soletravam a vacuidade suspensa na testa, nas várzeas que as geadas cobriam. A paixão o devorava como os escar