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A POESIA DA ILUSTRADORA MÁRCIA CARDEAL | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Mulheres ilustradoras também escrevem! Então, conheça a POESIA que se derrama por inteiro nas entrelinhas dos traços da artista plástica MÁRCIA CARDEAL : ilustração: Márcia Cardea l  Canhões na Palestina, incêndio em Londres, canção de amor contra a noite, assustadora noite deste tempo! Sim! Canhões na Palestina,  Camboja, Iraque, Arábia, África, África, fome no mundo inteiro o mundo inteiro em crise e eu ouço as cigarras no abacateiro. Me sinto só como nunca. (* poema escrito sem data, no 'caderno de anotar motivos n° 02') -*- ilustração: Márcia Cardeal   Passa

A POESIA SURPREENDENTE DE MICHELINY VERUNSCHK | Projeto 8M

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fotografia do arquivo pessoal da autora   8M Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Hoje é dia da espetacular poesia de MICHELINY VERUNSCHK : DA ROTINA Varrer o dia de ontem que ainda resta pela sala, o dia que persiste, quase invisível pelo chão, nos objetos sobre os móveis da sala. Varrer amanhã o pó de hoje. Varrer, varrer hoje. (E domingo quebrar nos dentes o copo e sua água de vidro. Segunda, não esquecer: varrer todos os vestígios.) (* poema extraído de poesia.net - n. 186, 25/10/2006) -*- imagem do Pinterest   a palavra amor comporta todo esse desastre todo esse choro e desencontro todas as guerras pelo nome Helena ou Fatma ou Maria ou César ou

UniVerso de Mulheres 16 : A Performance "Avó do Mundo " de Rosi Waikhon, por Valeska Brinkmann e Rosi Waikhon

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UniVerso de Mulheres 16 : A Performance "Avó do Mundo " de Rosi Waikhon,  por Valeska Brinkmann e Rosi Waikhon  A Coluna Uni-Versos de Mulheres, cede a fala esse mês a Rosi Waikhon, que nos conta da performance "Avó do Mundo",  realizada em 12 de junho de 2022 Projeto  Avó do Mundo  por Rosi Waihkon Por décadas ouvimos que nossas terras eram lugares inabitados, geograficamente sem ocupações humanas. Nos bancos escolares, os livros didáticos também afirmavam isso, deixando nossas mentes um tanto confusas. Até que decidimos recorrer à memória de nossos antepassados, nossos Avós - como costumamos dizer, pois eram elas e eles quem nos narravam sobre a criação da humanidade e dos lugares, as Casas Ancestrais, onde vivem os seres que não enxergamos com os olhos (mas que sempre estão observando nossos passos). Então nos chega a seguinte questão: Como pensar na desconstrução dessas teorias reducionistas e discriminatórias construídas há décadas? Decidimos promover pequenas

Minha Lavra do teu Livro 01 | "ASSIM NÃO VALE", de NOÉLIA RIBEIRO, por Nic Cardeal

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Minha Lavra do teu Livro 01  – resenhas afetivas  –   "ASSIM NÃO VALE":  A MAIS VALIA DA POESIA! ASSIM NÃO VALE , o novo livro da poeta NOÉLIA RIBEIRO  (Editora Arribaçã/2022) chega-me às mãos como uma rajada intensa de realidade interpretada com enorme perspicácia - mesmo quando o imaginário a pincela lá e cá das tinturas próprias do 'fazer poético' - de forma que não há como ficarmos alheios aos sentidos, sentimentos e emoções que ultrapassam para as entrelinhas da palavra. Não há como negar: ao lermos Noélia, Gaston Bachelard ecoa: "a linguagem poética, quando traduz imagens materiais, é um verdadeiro encantamento de energia" ! Noélia nasceu para a Poesia (sim, maiúscula!), porque possui nas mãos - tanto as que seguram o lápis, a caneta, ou percorrem o teclado; quanto aquelas 'mãos da alma', que procuram no imaginário [e encontram] os exatos sentidos das diversas dimensões poéticas - aquelas inerentes aos melhores operadores da palavra!  Sim. Ela

SEIS POEMAS DE MAR WOLKERS

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fotografia do arquivo pessoal da autora  ESCRITORA   Eu não deixei de escrever, só porque não escrevo mais, aqui fora Porque há mil mãos invisíveis que escrevem no meu dentro à tempo inteiro E eu só não liberei os muros de mim grafitados de poesia de rua, porque não o quis Todo dia um muro com versos é erguido nas minhas ruínas E eu não me afobo em mostrar do meu abstrato, todos estes meus concretos repletos de sonhos Vou construindo a minha cidade... Cidadezinha esta, bem do meu interior: Pacata, comezinha, simples e paradoxalmente, Faiscante e fantástica  Eu não deixei de escrever. Escrevo enquanto trinco a maçã, estendo a roupa, troco fraldas, faço sexo, comida, arrumações  durmo,  atendo o telefone escrevo sobretudo, sem a atuação e o exercício das mãos. escrevo na mente com o meu coração e vice e verso e a poesia vai beirando o penhasco da filosofia, da fisiologia urino escrevendo dias à dentro a sede faz-me beber a água e ela desce escrevendo na garganta Peito rabiscado No meu tó