De Prosa & Arte | Atrás da Porta
Coluna 18 Foto acervo e arte @guigapreta by picsa Atrás da Porta Quanto aprendo sobre mim estando atrelada a um punhado e tanto de recordações que outrora foram realidade viva e latente. Sinto um frenesi, um alvoroço. Um estranho medo de me ver assim, desprotegida de mim mesma. Ando enamorada de um eu que já se perdeu, remexendo partes assustadoras do meu íntimo. Quanto aprendo sobre mim mesma ao refrear impulsos insanos, manter distâncias seguras e o silêncio. Silenciar é fechar a porta, aquela onde escondemos tudo. Tudo que amedronta pensar. Aquela nossa estranha porção, que não desejamos que percebam. É, tem de tudo no quartinho de bagunças. Quanto aprendo sobre mim mesma quando percebo que minhas palavras contundentes influenciam aqueles perdidos, e me fazem cúmplice de todos os crimes cometidos por eles. Silenciei. Mas meu silêncio é ruidoso aqui dentro do peito. Doloroso e patológico, permeado das coisas que não pude desvendar, que não soube descrever, de verdades que preci