De Prosa e Arte | Escrevo para nos Perdoar
Coluna 8 Escrevo para nos Perdoar Sempre falo de ti com nostalgia o que remete a ilusão de que você nem mais existe. Nunca tinha percebido isso, até que contando uma de nossas poucas histórias, alguém me perguntou: _ Seu pai ainda é vivo? Eu, surpresa com a pergunta respondi: _ Sim é! Mas convivemos tão pouco ultimamente que meu jeito de falar não é despedida pra quem já partiu, é só saudade. Cara , queria te contar que hoje escrevo e leio com tanta paixão por sua causa, que sempre me ensinou a buscar. Nunca me deu uma resposta pronta. E isso me fez curiosa, observadora e humana. Porque quando tu chegava “bebaço” ainda assim pegava o livro de contos clássicos, lia pra nós Branca de Neve (era o que tinha pra aquele momento) com um sotaque alcoolizado, tropeçando nas palavras. O que podia parecer uma afronta pra mamãe, pra nós era diversão e nos levava às gargalhadas de soltar xixi nas calças. E quando faltava energia e estávamos sob a luz de velas nos ensinou a ler as sombras produz