Poema | Fremente, por Jeane Tertuliano
|Coluna 09| Palavras são vertidas silenciosamente dos lábios escarlates que denotam perversão aos pútridos olhos dos cidadãos de bem que, imersos na maldade, provêm egoicos rebentos do reflexo peçonhento da grandiosa pequenez. A densidade corpórea do sexo oprimido é fremente. Anseia por ser lida e compreendida nas entrelinhas das rimas que ecoam ritmadamente ao som da mudez dorida infligida a tantas Marias. Já não podemos ser belas, recatadas e do lar...