Postagens

A PROSA E A POESIA DE VALÉRIA PAZ | Projeto 8M

Imagem
fotografia do arquivo pessoal da autora  8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Conheça a palavra surpreendente de VALÉRIA PAZ : AGULHAS às vezes um demiurgo encontra uma veia de bom calibre e tira um pouco de poesia pra meu uso pessoal de outras, apenas me fura e me anestesia da dor das palavras (*poema do livro Era vida e se quebrou , p. 13) imagem do Pinterest  -*- RECICLAGEM se já escreveram tudo quero desescrever de fora pra dentro suando às avessas desouvir as palavras dessentir, entranhá-las trancá-las em prisão provisória até descobrir outra voz (* poema do livro Era vida e se quebrou , p. 17) imagem do Pinterest  -*- CERTEZAS na escuri

Para não dizer que não falei dos cravos 03 | "PALMAS PARA A URSINHA MARROM", um conto infantil de DIAS CAMPOS

Imagem
P ara não dizer que não falei dos cravos (03) "PALMAS PARA A  URSINHA MARROM" Um conto infantil de  DIAS CAMPOS  "Ursinha Marrom acordou bem disposta e com muita fome. Mamãe Ursa tinha acabado de colocar um montão de comida na mesa. Ela tomou leite, comeu cereal, e se lambuzou de mel. Mamãe Ursa ficou satisfeita. Em seguida, Ursinha Marrom pediu para ir brincar no bosque. Mamãe Ursa deixou, mas pediu que ela não fosse muito longe. E Ursinha Marrom saiu cantando e saltando. Depois de alguns minutos passeando, ela começou a ouvir uma doce canção. Era tão suave, tão agradável, que Ursinha Marrom parou e ficou só ouvindo. Ela estava encantada com aquela música! Mas não conseguia saber de onde vinha. Fuça daqui, fuça dali, e ela percebeu que a canção vinha detrás de uns arbustos. Ursinha Marrom era curiosa. E foi se aproximando, se aproximando... Até que viu uma linda menininha sentada no chão, vestida de camponesa. E enquanto brincava com suas bonecas, cantava como se fosse

A PALAVRA POÉTICA DE ANA CARDEAL | Projeto 8M

Imagem
fotografia do arquivo pessoal da autora   8M (*) Mulheres não apenas em março.  Mulheres em janeiro, fevereiro, maio. Mulheres a rodo, sem rodeios nem receios. Mulheres quem somos, quem queremos. Mulheres que adoramos. Mulheres de luta, de luto, de foto, de fato. Mulheres reais, fantasias, eróticas, utópicas. Mulheres de verdade, identidade, realidade. Dias mulheres virão,  mulheres verão, pra crer, pra valer! (Nic Cardeal) Conheça a palavra poética de  ANA CARDEAL : Hoje, quero toada de festas e a noite inteira  para que  os sonhos alcancem  a dança das borboletas. E hoje também,  nessa outra face de mim, existe força  e vida de novo nascendo. O tempo sopra minha calça desbotada. O vento me empurra para cima dos degraus que se tornam cada dia mais distantes, mas continuo, mesmo assim. Continuo e sei que vou chegar até lá! imagem do Pinterest  -*- Com o chão  coberto de pó e silêncio  eu padeço a hora que o sol se põe  e tento acender a chama que um dia deixou de queimar. imagem do Pi

SETE POEMAS DE MELISSA VASCONCELOS | DO LIVRO "FLORES MORTAS DO SERTÃO"

Imagem
fotografia do arquivo pessoal da autora   Sete poemas de  Melissa Vasconcelos  do livro  "Flores Mortas do Sertão" O mundo morria e a doçura das flores imperava longe em cima das grandes e desconhecidas vegetações. Santo Deus permitisse que assim continuasse. Tudo de bonito e uterino terminava acabado nas mãos  de quem fazia obra de cimento. O quarto está escuro, as cabanas estão fechadas. É hora de cortar o que estava remendado. O terço longo e desgastado sobre a mesa. O chão sujo, velho, não pavimentado. O menino que rala o joelho na estrada. A avó que prepara um chá e o entrega dizendo "tome,  meu filho! Que nenhum mal há de te assolar." Deus há de querer-te vivo, Deus não desampara nenhuma criança sem sorte. Vejo cactos, e não me atormentam. Ando descalça, e não me machuco. Ando de ferro. Ferro que a vida ornamentou na estrada. Tiro amor da seca. Me batem no inferno por assim ser. Tilinta a cabeça, é o delírio da dor. Suando como quem é espremida. Sangrando como