Poema | Ruína, por Jeane Tertuliano

 

|Coluna 11|


Há cadáveres

por onde caminho.

Mortes contínuas

de mim mesma

inibem a cicatrização

da ferida que, 

erroneamente,

julguei estar contida.


Meu corpo lívido,

em penúria, verte;

a poesia nas rimas

do meu caminhar

já não acalenta

o meu desaguar.


Me ponho a escrever

porque há muito vislumbro

o meu próprio ser, padecer.

Cruel inconformidade

que me fez ver verdade

nas quimeras do viver!




Comentários

PUBLICAÇÕES MAIS VISITADAS DA SEMANA

De vez em quando um conto - Os Casais - por Lia Sena

Mulher Feminista - 16 Poemas Improvisados - Autoras Diversas

Nordeste Maravilhoso - Viva as Mulheres Rendeiras!

Cinco poemas de Eva Potiguar | Uma poética de raízes imersas

A vendedora de balas - Conto

Um poema de Mar Becker | "à parte do reino"

Araceli Otamendi e Isabel Furini: Sonhos

200 palavras/2 minicontos - por Lota Moncada

Resenha 'afetiva' do livro O VOO DA GUARÁ VERMELHA, de Maria Valéria Rezende

A POESIA FANTÁSTICA DE ROSEANA MURRAY | PROJETO 8M