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Mostrando postagens com o rótulo Fotografia

Fotografia 2 | Projeto Pixel Ladies + Revista Ser MulherArte - Ritiele Brasil

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| fotografia 2 - Ritiele Brasil | Projeto Pixel Ladies + Revista Ser MulherArte   por Bianca Velloso, Suzana Pires, Chris Herrmann e Lia Sena Pixel Ladies é um grupo de fotógrafas brasileiras com experiências de vida diversas e a Revista Ser MulherArte é um coletivo de artistas mulheres de língua portuguesa. Ambos têm o objetivo de divulgar a produção artística das mulheres. A arte é o que nos salva da dureza dos dias. Por isso a Pixel Ladies e a Revista Ser MulherArte lançaram um desafio poético durante a quarentena. A Pixel Ladies propõe a imagem em postagem no Facebook e as poetas que se sentirem tocadas escrevem um poema. A Revista Ser MulherArte seleciona e publica. A segunda fotografia foi da Ritiele Brasil E estes foram os poemas selecionados: Como seria Que forma teria Deus Se tivesse Um corpo? Eliane Silva ... MELISSA MEL o normal das aves é voar dos gatos, dormir só de vez em quando as aves dormem já os gatos voam sempre Virgi

Fotografia 1 | Projeto Pixel Ladies + Ser MulherArte - Suzana Pires

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| fotografia 1 - Suzana Pires | Projeto Pixel Ladies + Revista Ser MulherArte   por Bianca Velloso, Suzana Pires, Chris Herrmann e Lia Sena Pixel Ladies é um grupo de fotógrafas brasileiras com experiências de vida diversas e a Revista Ser MulherArte é um coletivo de artistas mulheres de língua portuguesa. Ambos têm o objetivo de divulgar a produção artística das mulheres. A arte é o que nos salva da dureza dos dias. Por isso a Pixel Ladies e a Revista Ser MulherArte lançaram um desafio poético durante a quarentena. A Pixel Ladies propõe a imagem em postagem no Facebook e as poetas que se sentirem tocadas escrevem um poema. A Revista Ser MulherArte seleciona e publica. A primeira fotografia foi da Suzana Pires E estes foram os poemas selecionados: tenho a idade do voo : do pássaro da pipa do vento tenho a idade da ida da volta do tempo da revolta da vida tenho a idade do impossível do improvável do inseguro passado, presente

Uma crônica bem atual de Ana Valéria Fink

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Imagem Pinterest BARBARIDADE *Ana Valéria Fink Bah! Eu bem poderia iniciar esta crônica com outra interjeição, mais próxima de minha “bolha”, como Oxe, já que estou morando na Bahia, ou Putz, tão popular no Paraná, mas só cabe Bah!, mesmo. Porque é uma barbaridade o que a humanidade vem passando. Consequências... da barbárie humana. Eu, que já sou, por natureza, afetuosa, depois que me “abaianei”, desaprendi totalmente a economizar demonstrações de carinho. Um “xêro”, aqui, que sempre fluía desenfreado, agora tem de ser, a pulso, reprimido. E isso tem causado muita tristeza nestes dias. A impossibilidade de externar os afetos fisicamente sinto como uma couraça que me afasta de meus iguais, me abster de tocar os por quem tenho carinho me melindra. Enquanto ainda não estava praticando idealmente o confinamento, me deparei, na rua, com seu Geraldo, um idoso de meu agrado. Nossos encontros, que foram sempre celebrados com abraços calorosos, resumiu-se a um acenar de

Uma prosa poética / Ana Cecília Romeu

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Fotografia por Luíse Rodrigues da Costa - Bolero en El Ateneo Grand Splendid - por Ana Cecília Romeu Buenos Aires, outono. A mulher estava no café da livraria, alojado no palco do que antes fora o teatro homônimo, atestando se aquela era de fato a segunda mais bela loja de livros de todo o mundo. Sentou-se à mesa de canto segurando uma antologia de Cortázar, edição de luxo, capa dura em dedos macios. Sorvia o café meio-forte, folheando-a aleatoriamente ao deixar que o destino e seus sortilégios elegessem um futuro mais claro, como quem se esquece da bola de cristal, mas ainda crê nos reflexos das bolhas de sabão. Com os aromas do café, de seu perfume preferido e da tinta fresca na parede lateral, abriu à página 44: “Fui una letra de tango Para tu indiferente melodia.” * Apertou com o indicador direito as duas gotas de café que, indisciplinadas, saltaram da xícara. Entre suas digitais, sonhos furtivos e toda a eternidade, disse-lhe o poeta o que não ousou contestar. Estava

Maria Balé em artes integradas - prosa e fotografia

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Fotografia por Maria Balé QUAL A IDADE QUE VOCÊ TERIA? (por Maria Balé) Qual a idade que você teria se você não soubesse a idade que você tem? Parece brincadeira. Não é. É pergunta de gente séria: Confúcio, mestre, filósofo e teórico político, a figura histórica mais conhecida na China cuja influência se exapandiu por toda a Ásia. O valor ao estudo, a disciplina, a busca pela ordem, a consciência política, a importância do trabalho e o culto à harmonia são lemas que o confucionismo introjetou de maneira definitiva na história chinesa, da antiguidade aos dias de hoje. Confúcio, quinhentos anos antes de Cristo, milênios antes do Pitanguy, do silicone, do botox e da marombagem sem medida, já se via às turras com a inescapável falência de nossas células ao longo da existência. Não me ocorre que o filósofo chinês estivesse preocupado com o viés da aparência ou a cosmética de cada fase da vida. Isso é cultura ocidental performática  para a qual a  idade é enc

Dizeres da Terra e do Tempo - 4 poemas de Ivone Galdino

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Fotografia por Mdorea Terra Mãe Terra cabocla, terra pilada, exaurida terra que implora por todas as bocas, para não ser vã, perseguida, derrubada, vilipendiada. A cabocla que se mira e chora, a sua lágrima forma os rios, os córregos e os mares. Que tenta retornar ao ciclo e grita o direito do cio, desmerecida, por estranhos à sua alcova. A mulher violentada, possuída sem consentimento. germinada sem o prazer de ter. Que frutos podem dar Filhos abrutalhados, de nomes impronunciáveis, criados sem o leite que lhes confira a humanidade. Terra, mãe violentada dos seres da terra, desafia seus agressores, quando num último ato de resistência, faz brotar de seu ventre, A flor. Fotografia por Mdorea Inquilina da Terra Sou terra Meus grandes pés fincados à terra Raízes duplas entranhadas nela. Meu corpo, um grosso tronco alimentado por ela. Minha copa e cabeça nas nuvens, ao léu! Vez em quando, Sou Fogo, lava ejetada d

Lica Cecato - uma artista brasileira para emocionar o mundo

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Lica Cecato - talento e simpatia encantando o mundo por Chris Herrmann A música popular brasileira tem muito o que se orgulhar de mulheres como Lica Cecato . Seu talento é reconhecido no Brasil e internacionalmente. São 42 anos de carreira! Dona de uma voz belíssima, criativa, ela toca vários instrumentos, compõe, escreve poemas, pinta, fala várias línguas (italiano, inglês, alemão, japonês) e é uma das pessoas mais simpáticas, talentosas e inteligentes que tive o prazer de conhecer. Sim, conheci a Lica pessoalmente de uma maneira totalmente inusitada, porque eu moro na Alemanha e ela na Itália, em Veneza, sendo que ela viaja com frequência para fazer shows em diversos países, inclusive no Japão. Em 2018, viajei ao Brasil para lançar um romance, visitar amigos e tirar férias. No voo de volta, sentei ao lado dessa bela mulher, de sorriso contagiante, olhos expressivos e uma voz lindíssima. Percebi que devia conhecê-la de algum lugar. Até que ela se apresentou e convers

Silvana Guimarães: Seis Poemas de Bem-querer & Fúria

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Laura Makabresku trapézio a manhã nasce num gesto escuro quando a espera se revela inútil como um útero que não sangra o corpo incauto põe-se de tocaia: aguarda outra deixa para se jogar e ignora o calafrio esse arrepio entre o umbigo e os seios essa dor terebrante no monte de vênus anunciam todo amor dilacera flamboyant de novo enflorece como há longos anos: nódoa cor de sangue desafia o azul sem nuvens um naco de delírio ronda a paisagem instala o passado na varanda e declara é tempo de paixão folhas flores um rumor um desvario: a voz que sussurrava entre gemidos e safadezas "meu doce" bolero haverá uma esquina onde vão se encontrar esfolar-se em um passado de asas feridas escutar a música de uma partitura vazia nenhum dos dois vai mencionar palavras como ruptura mágoa desavenças tempestade amargor ruína asfixia e a pior delas: _______ vão insistir nos seus melhores ângulo