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Mostrando postagens com o rótulo prosa

coluna 02- Nas trilhas Femininas do Cordel

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                                                    coluna 02 O Cuscuz sagrado de cada dia. A "sustança" que alimenta o Nordeste e cientistas nordestinas. Olá Nordeste! Olá Mundo! Se "achegue" o café tá quentinho, tudo aqui preparado no mais aconchegante carinho para aquecer o seu, o meu, o nosso coração. Vamos prosear? E por falar em café quentinho, nada melhor do que o CUSCUZ para acompanhar nosso café e nossa prosa. Esta tradicional comida à base de farinha de milho é patrimônio nordestino, alimenta e dá " sustança" a milhões de trabalhadores que levantam-se com o nascer do Sol e vão para a labuta diária. Por muitas vezes é a unica refeição de alguns. Este manjar tem nas memórias de afetos o protagonismo arraigado. Qual criança nordestina não via ou vê o Sol estampar no brilho do olhar ao sentar-se à mesa simples do seu lar e saborear o cuscuz feito com todo o esmero? E o cheirinho? Ah! O cheirinho é inesquecível! As combinações são muitas: com ovo

Preta em Traje Branco | A autoestima concebida de Arleide Nascimento

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Coluna 21 A autoestima concebida de Arleide Nascimento Sou Camisa de Força   Sou vento forte Sou também ventania Sou a brisa leve Sou mormaço e também maresia   Sou o samba de roda Sou negra que samba Sou batuque e senzala Sou cajuína e cana caiana   Sou a tempestade Sou o reboliço Sou muvuca e ventania Sou a chuva de granizo   Sou sofrimento e descontentamento Sou entrega e devolução Sou amor e desejo Sou vulcão em erupção   Sou loucura e camisa de força Sou amor e sou paixão Sou intensa e maluca Pra aguentar: haja coração!  ******************* Reverso   Quando sou eu quem elogia Você tenta entender o processo Abro a porta do carro pra você É  contrário é reverso E você depois delira e faz os versos Poema do salto, alto da cinta liga Eu só tento entender o manifesto Eu quem domino ou te conduzo Eu te dou prazer e amo, confesso É estranho e diferente Você diz que é retrocesso Há quem diga que é loucura Há que

Preta em Traje Branco | Trinca de Versos de Valéria Mendonça

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Coluna 20 Trinca de Versos de Valéria Mendonça Ela chega de mansinho Abrindo caminho,  curando feridas De almas oprimidas Mentes acorrentadas Liberando dores,  antes encurraladas A poesia liberta. Pensamentos aprisionados, sentimentos sufocados Traz a tona o que estava escondido Palavra por palavra Passa a fazer sentido A poesia salva Como remédio  em doses homeopáticas A poesia ampara Vira acalento Nesses tempos sombrios Como um cobertor Em dias de frio  ***************************** Odoyá, minha mãe Minha mãe, Odoyá Minha gratidão Rainha do mar Dona do meu Ori Que me traz a luz Em meio a escuridão Seca minhas lágrimas E me faz sorrir Na beira das águas Faz uma transformação em mim Lava todo o ódio e rancor Tira tudo que é de ruim Me acolhe  e me enche de amor Odoyá, minha mãe Minha mãe,  Odoyá ***************************** Passa tempo Tempo passa E como passa Cabelos brancos, nascem Quilos aparecem O co

Preta em Traje Branco | Duo de Versos de Vanessa Kayren

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Coluna 19 Fonte: pixabay.com / geralt Duo de Versos de Vanessa Kayren TEXTO 1 É quando mergulho neste mundo eu Que me perco em dores e lamentos E viajo  até o mais profundo ser -Que sou- E quanto mais me acho Mais me perco em mim mesma. E é nessa sede saber o que não sou Que acabo por me achar perdida E desgarrada daquilo que um dia eu fui... Mágoas e ressentimentos,  fracassos, medos Me encontrando e me perdendo  a cada busca, À procura do que sou. Cavando cada vez mais fundo Como um poço dentro de mim Cavando e caindo Nesta solidão ardil que me persegue Dia após dia, noite após noite, Madrugada a dentro...     TEXTO 2 Teu olhar disparou - Me acerta – Eu sem pensar caí -Me entrego- Eu mergulho em você Te construo e reconstruo Pedaços possíveis de nós Trechos e sonhos loucos -Remonto Se me sorrir -Eu tremo Se te escutar -Derreto E volto de novo Arredia em suspiros Destemida em desejos -Despida O teu corpo no meu -Quente, nu e sem s

Preta em Traje Branco | Versos, Pão e Favela de Lu Amor Spin

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Coluna 18 Foto By @ Versos, Pão e Favela  Mulher simples, humilde, Diante das pedras no caminho Nunca se curvou, Por mais que carregasse da vida Muito rancor. Driblou a fome, a miséria, Cravou sua marca, Em escritos feitos no papel, jornal, Era o que aliviava Viver no barraco de pau. Era chuva, era sol, adoecer nem pensar, Tinha bocas para alimentar, Seguia sua rotina, para garantir o pão, Nas andanças pelas ruas Deu rasteira na humilhação. Um dia sem esperar, A sorte foi lhe encontrar, Sua jornada viria a mudar, Os escritos de Bitita, Começariam a voar. Fez história no Canindé, O sonho que parecia impossível realizou, O pobre também pode, Carolina nos mostrou.     Bitita seguiu viagem, Hoje se inspira em outro lugar, Sem preocupar-se com uma casa para morar, Ou vizinhos para implicar. Seu legado continua, Versos, favela, fome, miséria, Escrita potente, feito rocha, Permanece atual. O corre no dia a dia do pobre Pra co

Preta em Traje Branco | Dueto de Oyá

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  Coluna 17 Dueto de Oyá Mulher preta .   Quero a liberdade de me querer, Me bastar Me valer Quero a liberdade de me amar Me apetecer Me vencer Quero a liberdade de me tocar Sem vergonha Sem enlouquecer Tirar meus próprios espinhos. Quero me amar, Me apaixonar por mim Pq sou mulher  Preta, Preta assim… De verdade. **************************   Sou   Sou de Oya, De ver, De experimentar. Várias paixões estão no meu caminho, Gosto de viver intensamente cada uma delas, mesmo que tenham espinhos. Todos os amores por mais óbvios, em mim despertam o prazer do desconhecido, Mais que viver , eu gosto de sonhar, Porque sou de quem sou e não posso mudar Nas asas da borboleta No clarão do Raio a cair do céu Pelo rio que passa Com o vento a soprar Sou contraditória certeza Sou de ver, Sou de querer Sou de experimentar Por que sou... filha de  Oya. Ana Paula de Oyá,  é Mulher, filha e mãe preta. Tem como principais formaçõe

Coluna 08 | LIVREMO-NOS! TEODORO de Terezinha Malaquias (Alemanha)

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Coluna 08 A coluna LIVREMO-NOS apresenta com imensa satisfação um livro que vai mexer com as suas emoções, da querida artista visual e escritora Terezinha Malaquias. TEODORO Teodoro é um livro de Poesia estruturado em narrativas e em pequenos contos sobre experiências que perpassaram o processo de luto e de renascer pós-luto da autora. Marcado por acontecimentos de sua vida e de seu cotidiano, tanto na Alemanha quanto no Brasil, as memórias do presente e do passado ganham vida pelo olhar da menina e da mulher Terezinha Malaquias. Capa, textos e ilustrações feitos pela autora. "Teodoro é cura, amor, lembrança e um resgata a criança que eu fui. É a escrita da mulher que eu sou!" Quem quiser se presentear ou presentear alguém que ama, aqui está o #Teodoro! Livro bilíngue (português-inglês) Onde comprar:   www.terezinhamalaquias.com   (entregas no Brasil e Europa) Amazon @terezinhamalaquiasperformer     Canal no YouTube:  https://www.youtube. com/user/TereMalaquias Blog:   http: