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Uma Colher de chá pra ele - Fabrício Brandão

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|Uma colher de chá pra ele 08| 'Cinco poemas e um brinde a mais por Fabrício Brandão' René Magritte CARTILHA Ensina-me outros modos que não sejam estes os de agora irrompendo em peles amanhecidas idiomas antigos que não uso mais Deixa-me assim taciturna a mente sem contar os fios que caem Posso arranhar paredes de qualquer madrugada sem que o temor se agigante nesses olhos rasos que sempre aprenderam a secar em silêncio "Gotas" Fotografia por Marcelo Sena CICLO duas gotas bastam para que tudo se dissolva e em restos petrifique as marcas gastas dessa tua passagem por aqui colhi certos frutos ignotas contas de cerzir o míope bordado eu que sempre quis estar no mundo hoje bebo do estranhamento antigo costume de repetir   Salvador Dali PÓ talvez ainda fique aqui suspenso na poeira resvalada dos saltos espalhado pelas varandas pueris de qualquer dia na medid

Coluna | Preciosidades antológicas 06 - três autoras

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|  coluna 06  | Preciosidades Antológicas - três autoras Cissa de Oliveira, Cris de Souza e Érika Azevedo por Chris Herrmann Na coluna de hoje, destacamos o poema das três autoras acima, da  I Antologia Digital de Poesia Porque Somos Mulheres , lançada em Maio/2020 pelo selo Ser MulherArte Editorial . Foram 149 poetas selecionadas e/ou convidadas das 208 inscritas, que nos orgulharam muito pela qualidade e diversidade das obras. Desejamos a vocês boas leituras! clique na imagem para ler o e-book gratuito Ser MulherArte Editorial, 2020

Camila Pina | Uma pausa pra falar de gênero

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Avatar @patrickdesenhoetattoo Camila Pina é Advogada, Mestra em Relações Étnicas e Contemporaneidade e escreve muito bem. Atua como professora de várias matérias relacionadas ao Direito e descobriu que a carreira de professora a deixa muito feliz. Como escritora, é capaz de produzir variadas formas literárias. Atualmente, deseja produzir textos jurídicos de fácil compreensão e resenhas a partir de textos literários diversos, sob o olhar do Direito. Crônicas muito interessantes surgiram a partir desse desejo como a que lhes apresento hoje e outras que serão publicadas oportunamente. Vamos refletir um pouco sobre gênero e escrita? ###### Uma pausa pra falar de gênero [ por Camila Pina Brito ] O início das minhas férias foi marcado por um forte desejo de produzir conteúdo jurídico de fácil compreensão. Chamei esse projeto de pro.pina porque a junção de um dos meus sobrenomes com a minha profissão deu esse resultado divertido, Pensei bastante por onde deveria com

UniVerso de Mulheres 06 -Três poemas de Jamille Anahata, por Valeska Brinkmann

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  Três poemas de Jamille Anahata, por Valeska Brinkman        não sou só  meus joelhos ralados  ou a cicatriz na minha barriga sou também canga estendida  em dias ensolarados,  sorriso bordô, dança e cantiga *** toda vez que um de nós sem aldeia fala se reconhece no espelho  tem coragem de usar a palavra-tabu  sinto o fortalecimento  na pele no peito no sangue o plano deles era nos arrancar   nos engolir e integrar  apagar nossa memória mas nenhum vínculo é  tão forte quanto o dos encantados a ancestralidade  nos guia de volta *** teu beijo me acordou de um sonho as estrelas eram nossas cúmplices e teus cabelos com cheiro de carambola  me traziam de volta sempre que eu ia longe sol e lua desceram do céu e  nos observaram dançar e se embrenhar  entre infinitas raízes retorcidas teu beijo me acordou e ainda era sonho Jamille Anahata é manauara, ativista indígena, poeta e pesquisadora de Re

Histórias recontadas por Roberta Gasparotto

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A escritora Roberta Gasparotto reconta histórias reais, vivenciadas por outras mulheres, em uma série que ela intitulou: "Diga-me uma história e eu conto sua memória".  Trazemos aqui, as histórias de três mulheres também escritoras, Micheliny Verunschk , Rosângela Vieira Rocha e Nic Cardeal , recontadas por Roberta. Imagem Pinterest "Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos". Com essa mensagem de boas vindas, somos recepcionados na capela dos ossos. A história desse lugar é bem interessante: três monges franciscanos queriam criar uma capela, dentro da Igreja de São Francisco, que representasse a fugacidade da vida. É bem verdade que, quando a capela foi construída, no século XVII, a cidade portuguesa de Évora, onde se localiza a capela, estava com os cemitérios lotados, de forma que os monges uniram o útil ao agradável (?), e retiraram várias ossadas do cemitério para construir a famosa capela - seu interior possui as paredes e as colunas re

Zezé Freire | 4 poemas

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Imagem Pinterest VOLÁTIL...O TEMPO Segundos, minutos, horas, dias, correm... Como “trens bala” em recordes de 560km/h Voam...voam...voam... É manhã e já chega a noite É segunda e já chega o domingo É janeiro e já temina o ano... Sou criança e brinco de amarelinha Sou mocinha e namoro no portão Sou adulta e embalo os meus bebês Sou madura e o tempo ficou líquido, Ficou volátil ... Criou rodas, criou asas...virou foguete! Monika Luniak AMAR E VIVER  (SEM COMPASSOS, MÉTRICAS OU RIMAS) Tanto que lera e ouvira E, talvez... nem  aprendera! Sobre a importância das criaturas no contexto da existência E com elas, nelas e por elas, O AMOR O AMOR que se manifesta em cada olhar, abraço e gesto de presença. O AMOR que se manifesta em cada segundo, horas e dias O AMOR que prioriza a paciência, o carinho e o perdão O AMOR que se doa sem projetar recompensas, Simplesmente... AMAR! Simplesmente... VIVER! Tanto que vivera