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Ambientação Evidence

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  Coluna 04 Ambientação Evidence Na busca por traduzir a personalidade de seus clientes o Salão Evidence Beauty & Spa inicia sua parceria com a Contemporâneos Galeria de Arte com o projeto Ambientação Evidence assinado pela curadora Lu Valença. Em sua estreia os ambientes do luxuoso salão serão decorados por belíssimas fotografias dos talentosos artistas Denise Greco, Eduardo Tropia, Herbert Zampier, Luciana Alves e Ricardo Bhering. .“A ideia é proporcionar aos clientes uma experiência visual através dos olhares distintos dos artistas sobre o conceito de beleza plástica, os recursos da natureza e o bem estar através da contemplação da arte.” explica a curadora da ambientação Lu Valença O Abrigo do Cristo Redentor - São Gonçalo/RJ será contemplado com 10% arrecadado com a venda das obras para a compra de alimentos. Os clientes poderão experienciar o projeto a partir de 1 de outubro de 9h às 20h e acessar o catálogo das obras no site https://contemporaneosgaleria.com/ Denise Greco es

UniVerso de Mulheres 08 - Geni Núñez, por Valeska Brinkmann

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|  Coluna 08 |                                                                        Foto  © Luciana Fraz ã o Reflexões de Geni Núñez em três temas por Valeska Brinkmann I: Liberdades nativas: "Livre como um pássaro a voar". Muitas pessoas acham passarinhos voando O Grande sinal da liberdade e entendo o sentido, mas penso que um pássaro voando é tão livre quanto um cachorro latindo, um peixe nadando, uma cobra rastejando. Todos vivendo o fluxo de suas naturezas. Nesse sentido, se digo que, como humana, quero ser livre pra voar, poderia igualmente dizer que quero ser livre como um galo a ciscar.  A lição que me fica disso é que nossa liberdade está mais em poder exercer os limites do nosso corpo do que almejar o irrealizável. Imaginem uma aranha que dissesse: quero ser livre pra nadar como um tubarão! Talvez não se desse conta que sua liberdade está em tecer suas fantásticas teias no ar, não em nadar no mar. Cobrar de um dia e

Um trecho de romance de Sandra Godinho | "Tocaia do Norte"

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  Um trecho de romance de Sandra Godinho Tocaia do Norte Sinopse: A história de Tocaia do Norte é baseada em fatos reais que aconteceram nos meses de outubro e novembro de 1968 no Amazonas e que tratam das circunstâncias misteriosas envolvendo o massacre da expedição do Padre Giovanni Calleri e a matança de quase 3000 índios Waimiris-Atroaris. Em Tocaia do Norte , o padre Chiarelli, pertencente à congregação Missionários da Consolata, foi escolhido pela Funai em 1968 para afastar os índios da área que os militares escolheram para construir a rodovia BR- 174, ligando Manaus a Boa Vista. O religioso, escolhido pelos governantes do Amazonas e Roraima, Funai e DNER para chefiar uma missão de pacificação, leva consigo o seminarista João de Deus, dado à igreja como paga de promessa por seus pais. Durante a expedição, desenreda-se uma trama de anseios políticos e econômicos, em que fica evidente o interesse da elite governante, dos militares do DER e da Funai regional para que o padre foss

Quatro poemas de Helenice Faria | Uma poética da resistência

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  Rosana Paulino Quatro poemas de Helenice Faria Uma poética da resistência Deixe-me em  oralidades. Quero sorvê-las com calma E absorver a riqueza de cada uma delas.   Não quero regras,  padrões e imposições. Não acato ordens Já me desfiz dos  chicotes e das dores.   Concebida na escuridão Pelas caladas da noite Vi a vida pelos buracos abertos a ferro. Nasci à claridade do dia.   Cresci caminhando  em cantos, becos e  valas Apaixonei-me pelas  favelas e bares E quis todos os lugares.   Desfilo por avenidas Meneio a cabeça, o corpo Ao  ritmo do tambor. Verte suor, calor E no constante ardor permito-me filhas e filhos.     Rosana Paulino As  armas e as lanças traduzem os traços. Pontaria em estilhaço. Não queremos cangaço. Se pisamos arenas de morte,   Ouça canto e  grito forte. É nosso direito à fala. Às desculpas (in)conscientes? Aprumamos o peito Acenamos a bandeira ancestral. Apagamos, Retraçamos os olhos, os lábi

ERA UMA VEZ 8 I Paixão pela literatura infantil: a encantada ilustração de Mary Mos

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  Mary Mos é ilustradora de literatura infantil e livros didáticos há seis anos. Seu começo nessa arte foi acontecendo de forma bem natural. “Na minha vida tudo sempre foi relacionado ao fato de eu saber desenhar. Comecei como toda criança que desenha no jardim de infância e não para mais”, nos conta Mary. “Lembro que quando criança desenhava os trabalhos do meu pai, e ele tinha orgulho, fiz até uma deusa da justiça pra que ele colocasse no escritório”, acrescenta.   Como sua mãe era costureira, Mary já desenhava os modelos de roupas para as clientes. Ali, segundo a ilustradora, já era o treino para o que viria mais tarde. Seu primeiro contato profissional foi para uma empresa de fardamentos, que precisava de alguém que repassasse a limpo todos os seus modelos. Pouco tempos depois foi trabalhar no comércio do centro de Recife, onde atuou por 3 anos como figurinista, no entanto não estava satisfeita com o trabalho pois “tinha pena de vender tecidos caros pra pessoas muito simples”.

Para não dizer que não falei dos cravos | Cinco poemas de Andri Carvão

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  Coluna 04 Cinco poemas de Andri Carvão (do livro  Dança do fogo dança da chuva,  no prelo)   Noite e dia   Borboleta amarela... Estrela preta... O sol é incerto e a noite, certeza. Borboleta preta! Estrela amarela! A noite cai e o sol se impõe.   Fechado em Concha   Quando quero esquecer, quando quero sonhar, quando quero a noite e quando não quero mais, fecho minhas pérolas em concha e não procuro saber o que perdi.   Fonte: pixabay.com Em trânsito   Você vai e eu fui Você foi e eu regressei Você voltou e eu fui de novo Você outra vez e eu retornei Você veio e eu brequei Você parou e eu caminhei Você andou e eu corri Você disparou e eu passei Você acelerou e eu sumi Você desapareceu e eu big bang Você deus e eu amém Você venceu e eu empatei Você perdeu e eu também   Caracol   Eu não sou de sol Eu sou de lua Não mordo o anzol Nem entro na sua Eu sou caracol No meio da rua P

Divina Leitura | O fragmento em "Orelha lavada, infância roubada" de Sandra Godinho

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  Coluna 06 O fragmento em Orelha lavada, infância roubada   de Sandra Godinho - por Divanize Carbonieri Lendo Orelha lavada, infância roubada (2018) de Sandra Godinho, me lembrei da seguinte frase do dramaturgo Heiner Müller: “Não acredito que uma história que tenha ‘pé e cabeça’ (a fábula no sentido clássico) ainda seja capaz de dar conta da realidade” (MÜLLER apud SARRAZAC, 2002, p. 89). É uma defesa do fragmento, que Müller entendia como a estética apropriada para a era pós-moderna, em que qualquer sensação de totalidade tornou-se inviável. Na verdade, Müller também afirmava que a tarefa da arte é tornar a realidade impossível. Pelo menos, a realidade que se supõe coesa, contínua, homogênea. Para a realidade estilhaçada por meios de comunicação de massa e de transporte cada vez mais rápidos, a única forma de apreensão é mesmo fragmentária. De acordo com Ingrid Koudela (a partir de Ruth Röhl) (2006, p. 29),   [uma das funções do trabalho com fragmentos de Müller] é a de [...