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Mostrando postagens com o rótulo Artes

Preta em Traje Branco | Dualidades | Dois textos de Joyce Dias

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Coluna 3 Dualidades -  Dois textos de Joyce Dias   Texto 1 A vida possui reveses que, muitas vezes, não entendemos. Quantas vezes, temos a impressão de que chegamos no fundo do poço, que estamos sendo engolidos por areia movediça. Não há mais solução, até que encontramos novas possibilidades. O ar volta aos pulmões e conseguimos identificar possibilidades, as quais eram impensadas. A vida sempre se refaz, no seu curso sinuoso, começamos novamente. E o que pensávamos ser o contrário, torna - se o certo. Viver é um desafio diário, todos os dias ganhamos a possibilidade de fazer diferente, todos os dias estamos mais próximos do fim. A nós cabe interpretar essa dádiva.  Como escolho olhar para o Tempo?  Estou me aproximando da morte, ou ganhando mais um dia? Prefiro pensar que há uma nova jornada a se iniciar, Machado de Assis diria: "o tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou altera no sentido de lhes dar outro aspecto" , prefiro pensar que o Tempo é um grande

Exposição Coletiva | Todo barulho que transborda do meu silêncio

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  Massuelen Cristina Exposição Coletiva Todo barulho que transborda do meu silêncio Exposição Coletiva Do Feminino na Arte   A Exposição Coletiva “Todo barulho que transborda do meu silêncio.” traz 14 Artistas através da iniciativa Do Feminino na Arte . A convite da curadora e artista carioca Karenina Marzulo (que também participa da mostra), foram produziram imagens no primeiro semestre de 2020 durante o período mais rigoroso do distanciamento social imposto pela pandemia de corona vírus. O argumento surgiu a partir de um questionamento realizado nas redes sociais sobre os sentimentos aflorados nessa nova percepção das relações e do espaço. As artistas Adrielle Vieira , Mariana Rocha , Luiza Scarpa , Mari Morgado , Carol Vilamaro , Tainá Alvim , Danielle Neves , Massuelen Cristina , Janaina Tavares , Laís Dantas , Maria Mara , Mariana Quintão e Fraga , que são de distintas localidades, imprimem suas diferenças em linguagens e pesquisas artísticas únicas baseadas no tema central.

Coletivo Contemporâneos

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  |  Caderno de Arte 03  | Coletivo Contemporâneos por Lu Valença HABITAMOS E TIVEMOS INÍCIO NO MESMO TEMPO .      Qual foi a primeira manifestação criativa da espécie humana? A arte. Foi empregando a arte que nossos ancestrais puderam expressar e realizar suas ideias, artísticas e linguísticas. Com a primeira manifestação artística, superou-se a falta de educação e recursos, abrindo-se, com a transmissão das ideias por meio de imagens, o caminho para a comunicação e a propagação das ideias. Desta forma, os pensamentos se tornaram visíveis e imediatamente reconhecíveis até mesmo para os iletrados. Essa prática, nos permite afirmar que o homem atual igualmente valoriza símbolos e sinais e reconhece a arte como forma de expressão e entendimento capaz de transpor barreiras como as diferenças culturais, de linguagem e de nível de instrução. O  CONTEMPORÂNEOS foi criado para manter essa tradição acesa, disseminando a importância visceral que a arte tem, em suas variadas formas, de servir co

Comenda, uma honra recebida - Chris Herrmann

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Comenda, uma honra que recebi da  Associação Brasileira de Liderança,  São Paulo  -  Maio de 2020 por Chris Herrmann No início de Maio deste ano de 2020, a nossa Revista Ser MulherArte e eu, Chris Herrmann , fomos premiadas por serviços prestados à arte. Os prêmios (Selo e Diploma) da Revista já estão exibidos no nosso site. Os meus prêmios físicos, Comenda com Diploma e Medalha, a Associação enviou pelos correios para um endereço no Brasil que eu indiquei, já que eles não enviam para o exterior. Eu dei o endereço da minha querida amiga carioca e artista plástica Luciane Valença . Foi ela quem me avisou na data de ontem que os prêmios haviam chegado e gentilmente os fotografou para mim. Lembrei-me muito da minha mãe - Airam Magalhães , ao receber essa Comenda. Ela também recebeu por serviços prestados à arte, há cerca de 30 anos. Airam era uma artista plástica talentosa, foi curadora de muitas exposições de artes no Rio de Janeiro nos anos 80 e 90. Foi também Diretora de

Caderno de Arte 01 | O Iluminismo Contemporâneo, por Lu Valença

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| Caderno de Arte - 01 | O Iluminismo Contemporâneo por Luciane Valença A identidade é uma característica fundamental da experiência humana, pois possibilita ao ser humano a sua constituição como sujeito no mundo social. A arte nos convida a refletir sobre a forma como nos enxergamos e a aceitação do outro independente de status social, livre de imposições e estereótipos. Aceita múltiplos discursos sobre a universalidade das relações, identidades e diversidade na cultura da sociedade atual. O reconhecimento e a valorização dos sujeitos, a promoção da igualdade  e do respeito à diversidade  são imprescindíveis para a concretização de uma sociedade mais justa. O artista contribui para a desconstrução e desnaturalização de  preconceitos , afirmando que todos nós temos direito às diferentes possibilidades de expressão e vivência. Ao fim de toda pandemia, a humanidade fez um movimento natural de valorização das várias expressões da arte. A corrente começa a correr em s

Fernanda de Paula e a poesia de sua janela enluarada

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Letícia de Paula Pôr do sol de outono dói mais.  Mesmo quando  uma imensa alegria me acena  por detrás  de montanhas azuis, essa saudade gorda  faz o  que vejo pela janela vestir um brilho úmido  de  lágrimas. A luz do ocaso é cor sem nome.  Ressoa  grave, em lilás desmaiado,  levemente coberto  de uma poeira vagarosa  de terra vermelha.  A alma acorda sonolenta,  os olhos enfumaçados  de preguiça e canção.  Tudo no entorno é velho  – também minha voz.  Viver parece coisa antiga.  O amor boceja. Letícia de Paula   Com a garganta dormente de tudo que não disse quando podia,  lavo o peito da saudade.  Costumava colher florinhas amarelas no mato. Só, por detrás das encostas da imaginação, observava uma velha  plantadora de árvores no meio do deserto. Pensava o que aquela mulher  de tez engruvinhada de histórias tanto escondia no chão,  as mãos de desenterrar sonhos...  Com que leveza d’alma ela regava  as

Seis poemas - por Eliana Mora

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Monet V i t a l é regressar ancorar [pertencer] ** Intangível Como o alto das mais altas árvores que ainda possam existir Intangível como o alto da mais alta estrela que pudesse alguém ter sonhado Intangível como o Sol toda majestade de sua luz que cega Um amor assim com cercas e muros enormes com raios que impedem a passagem destroem os mitos e celas   Com aquela falta com aquele fausto com aquela mágoa com a Via Láctea corroída pelo breu . Intangível [tornei-me eu] Vladimir Volegov - óleo sobre tela Original Risco Assumido Assim como se o mundo por instantes desmaiasse e ela nada tivesse a fazer a não ser pensar sonhar ou se perder deitou-se devagar nos grãos de areia úmidos encolhidos pela bruma de um outono estranho relaxou pupilas no céu e desligou a máquina; embora com esse gesto corresse o risco de tornar-se . humana. **