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Mostrando postagens com o rótulo literatura indígena

UniVerso de Mulheres 14 - A poesia sagaz e contundente de Suene Honorato, por Valeska Brinkmann

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  UniVerso de Mulheres 14       Entidades , intstalação de Jaider Esbell        foto © Caio Flavio (@_cf_drones_bh) A  poesia sagaz e contundente de Suene Honorato, por Valeska Brinkmann  1.7 Justificado Na hipótese de viver à margem das benesses do mercado seriam mortos por um explorador qualquer que impressionado com a miséria diria: Sabe, eu não choro só porque a lágrima me desalinha me envelhece. Preciso rir as tantas vezes que o orbicular o risório o bucinador movimentem diariamente. Mas se fosse por mim ,ah se fosse se sesse, lágrima ia lágrima vinha. Pena não ter escolha. E de lá revoltariam sem ter sido assujeitados: N'oré îukaî xûéne ! 5.1 Introdução à lírica moderna De quanta teoria se precisa para ler poesia? Não introduzamos a lírica moderna em nenhum orifício nem mesmo pelo buraco dos olhos até os ossos do ofício. Michel Temer é poeta. 5.6 Patativa no centro Os poeta niversitáro quer dos críco literáro elogio sem função. Os poeta da perifa tá cansado das burrice, quer

UniVerso de Mulheres 11 - A Poesia intrínseca e cativante de Rosi Waikhon , por Valeska Brinkmann

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UniVerso de Mulheres 11 A poesia intrínseca e cativante de Rosi Waikhon Foto  ©  Rosi Waikhon     Arapaço S eguindo conhecimentos milenares do meu povo, meu pertencimento étnico é pratrilinear Pirá-tapuia /Waikhana. Portanto, assim me apresento indiscutivelmente.   Ao longo da vida obtive conhecimentos de avôs e avós,   de partri e matri. Conhecimentos que me fizeram ser poeta e artista, apresentando versos e poesia. Conhecimentos que me fizeram ser cientista e pesquisadora, frequentando universidades  almejadas por todos que queiram trilhar o ramo científico. Responsabilidade a qual prezo muito.   Mas, quando sobrevoo a literatura e escuto a fala de meu finado avô José, Arapaço, Sinto-me como esse pássaro pica-pau (referência do povo de meu avô) Incrivelmente pousada no poste em meio aos fios de tensão, tentando alçar voo   Há tanta dor por tantas perdas nessa dura realidade de covid 19. Horas escrevo, choro, escrevo, choro… e assim vou seguindo Aprendi

Cinco poemas de Eva Potiguar | Uma poética de raízes imersas

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  Cinco poemas de Eva Potiguar Uma poética de raízes imersas ODE AOS LIVROS   Livros são pássaros banidos... Aventureiros revirando sentidos, Quebrando vidraças de opressão, De conceitos de tradição. Eles rasgam cortinas de egos, Abrem baús como martelos, Como deliquentes rivais, De paradigmas banais.   Oh livros renegados... Reis abandonados... Como águias famintas, Consumam em tintas, Versos e prosas, Espinhos e rosas.   Oh aves mensageiras, Saiam das belas estantes! Dominem as fronteiras, De nossos horizontes!   Livros, livrai-nos! E livres, Livremos!!     MUNDO BOLHA   Ah se a poesia se tornasse realidade As palavras pregos de manutenção Os versos cordas de arremate   Para enlaçar e arrastar teu coração E prender a tua atenção O mundo poderia então Ser uma bolha de sabão Colorida e flutuante Lúdica e instigante   Poética e radiante Feita de sorrisos De mãos e amigos De poesias e livros Fonte: pixaba

UniVerso de Mulheres 08 - Geni Núñez, por Valeska Brinkmann

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|  Coluna 08 |                                                                        Foto  © Luciana Fraz ã o Reflexões de Geni Núñez em três temas por Valeska Brinkmann I: Liberdades nativas: "Livre como um pássaro a voar". Muitas pessoas acham passarinhos voando O Grande sinal da liberdade e entendo o sentido, mas penso que um pássaro voando é tão livre quanto um cachorro latindo, um peixe nadando, uma cobra rastejando. Todos vivendo o fluxo de suas naturezas. Nesse sentido, se digo que, como humana, quero ser livre pra voar, poderia igualmente dizer que quero ser livre como um galo a ciscar.  A lição que me fica disso é que nossa liberdade está mais em poder exercer os limites do nosso corpo do que almejar o irrealizável. Imaginem uma aranha que dissesse: quero ser livre pra nadar como um tubarão! Talvez não se desse conta que sua liberdade está em tecer suas fantásticas teias no ar, não em nadar no mar. Cobrar de um dia e

Coluna | Ouvindo Mulheres 11 - O poder sagrado de Auritha Tabajara

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Ouvindo Mulheres - 11 por Cris Lira Olá, leitoras e leitores! Na coluna de hoje, trago o trabalho de Auritha Tabajara, a primeira cordelista indígena do Brasil. Natural do Ceará, a autora escreveu seu primeiro cordel aos 8 anos de idade e, em 2007, publicou seu primeiro livro Magistério indígena em verso e poesia.  Durante o curso de pós-graduação "Deslocamentos na literatura brasileira contemporânea," ministrado pela Professora Doutora Cecília Rodrigues, da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, o estudante de doutorado Daniel Ferreira da Silva encantou-se com os cordéis da autora e começou a trabalhar na tradução de um deles. Nesta coluna, tenho o prazer de trazer para vocês a tradução feita por ele do cordel de apresentação de Auritha Tabajara. Como verão no vídeo, faço uma pequena introdução à autora em inglês e em seguida fazemos uma leitura bilingue do cordel. Espero que aproveitem a oportunidade de escutar a voz dessa mulher guerreira cujos versos ecoam

UniVerso de Mulheres 02 - Dois Poemas de Sandrinha Barbosa

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Dois poemas de Sandrinha Barbosa, por Valeska Brinkmann Foto ©Ribamar Caboclo Ave, Solimões ainda há pouco teu filho        o velho Madeira nos entregou        de braços abertos a ti e agora navegando em tuas        barrentas águas, te saúdo: Ave, Solimões cheio de graça! pai         mestre amigo e senhor majestoso        há milênios dessa sagrada Amazônia onde reinas humilde  repleto de sabedoria: Ave, Solimões cheio de graça! que teu corpo        seja a rede e teu espírito        seja o bálsamo às dores  na alma que ora sinto  percorre meu sangue segura em teu colo        meu coração e se possível        ainda leva minh´alma        para descansar um pouco nas profundezas de tuas turvas águas onde eterno  e                      utopia convivem na paz de tuas lendas e             mistérios Ave, Solimões cheio de graça!