Coluna 02 | Mulherio das Letras na Lua - ANA ACTO (Portugal)


  Coluna 02  

Divulgando autoras Lusófonas, um poema de Ana Acto.


VOLTAS


Volta

E não volta...

E a cada regresso

Mais uma camada me envolve

De tudo e de nada

Como escudo, como arma

E desacreditada

Regrido lentamente ao início

Onde amedrontada

Receava amar

Volta...e torna a voltar

E a cada regresso

O amor se faz casa

A cada toque a aceitação

A cada sorriso...perdão

E tudo parece voltar

Lentamente, a seu lugar

Apago resquícios do que foi

E abraço, o que quero acreditar

Porque o quero

Quero mesmo, que sejas tu...

Mas sabes?

Em solo árido semeaste

E o que plantaste dentro de mim

Com perseverança brotou

Mas a cada colheita vai enfraquecendo

E menos me dou...

E meu maior receio

Seja que um dia

De tanto volta e não volta

Meu coração secar

E já não mais haver

Para onde voltar.



Ana Isabel Correia Acto, nasceu a 5 de abril de 1979 em Tomar, e reside atualmente em Setúbal. Abriu em abril de 2018 uma página de autora nas redes sociais com o nome “Ana Acto”. Escreve-nos sobre amor, em todas as suas vertentes. Participante ativa como coautora em diversas coletâneas, antologias e livros de poesia. Lançou este ano o seu primeiro livro a solo que se intitula “NUA”.























Comentários

  1. Excelente poema .
    A Ana Isabel Acto, brinda-nos sempre com uma poesia leve, sensual, espiritual e intensa. Abraço-a mais uma vez pela sua sensibilidade da sua escrita. Isabel

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